domingo, 17 de julho de 2011

Métodos de Ensino

    


     O método de ensino, creio eu, está diretamento associado ao planejamento da aula. Primeiramento acredito ser necessário observar alguns fatores: a característica dos alunos (como a idade, religião, entre outros); a estrutura física local; disponibilidade de materias para se trabalhar; a natureza do conteúdo que vai ser trabalhado.
     Nesse contexto, o planejamento de aula é fundamental. A escola tem datashow nas salas? Ótimo, vamos trabalhar com imagens. A escola só dispõe de quadro branco e canetas, mas pode ser que consiga tv e dvd? Vamos aplicar outra metodologia, passar um vídeo, por exemplo. 
     O docente pode adotar diversos métodos de ensino em sua aula. Pode trabalhar com leitura, produção de texto, uso de imagens e vídeos, aula expositiva, entre outros. No entanto, o que de fato é relevante é aplicar um  método que se adeque melhor a uma determinada turma, pois a utilização de um vídeo pode ser eficaz em uma sala e não ter resultado em outra.
    Segundo o biólogo Piaget, quatro métodos de ensino são apresentados: métodos intuitivos ou  audiovisuais, métodos verbais tradicionais, métodos ativos e ensino programado.

Avaliação: como fazê-la?

    


Um certo dia, logo que entrei na universidade, ouvi uma garota, que já me parecia estar saindo da graduação, dizer que detestava e era contra avaliação. Algumas semanas depois, um professor me disse a mesma coisa: era contra avaliação na forma de prova ou teste. Comecei a refletir acerca dessa polêmica e cheguei à conclusão de que provas e testes realmente não avaliam ninguém.
     Há tantas formas de se avaliar um aluno (vide seminário, mesa redonda, debate, trabalhos práticos em campo, entre outros), mas a maioria dos docentes mantêm a mesma postura aplicando testes e provas. Sou contra, primeiramente, pois não é fácil avaliar uma pessoa. E em segundo, pois creio que também é uma questão de sorte. Sorte. Quem nunca passou semanas estudando diversos textos e, logo aquele que você deu menos atenção, é o mais cobrado na avaliação? A nota acaba sendo baixa, mas isso o torna um aluno ruim? Acredito que não.
      Outra questão que observo, é a malandragem (rs). Sempre tem aqueles alunos que não aprendem com facilidade, apesar de serem esforçados e, com isso, acabam tirando nota baixa na prova (isso sem levar em conta o nervosismo, o velho "branco"). Já aquele grupinho do fundão, que conversa e bagunça durante a aula, acaba tirando notas maiores do que aquela garotinha tímida, que senta na frente, faz todas as atividades solicitadas e não conversa. Será que nesse caso a avaliação em forma de prova é realmente justa e eficaz?

domingo, 10 de julho de 2011

Documentário: Caminho das Águas



Como prometido, estou postando os links do documentário sobre a tão polêmica obra de transposição do rio São Francisco. Espero que gostem!

Parte II - http://www.youtube.com/watch?v=YGPSsrF9ezY&feature=related
Parte III - http://www.youtube.com/watch?v=aSH7qVXZjUU&feature=related
Parte IV - http://www.youtube.com/watch?v=egG2wkOhFcc&feature=related

Oficina: Colégio Antônio Carlos Magalhães - ACM

                                              
                       
A oficina realizada no colégio ACM na Vasco da Gama, se iniciou em três etapas: primeiramente com a visita à escola, onde os integrandes da equipe se surpreenderam, com o estado e estrutura da mesma. Os comentários eram se "aquilo" era uma escola ou um presídio, devido à quantidade de grades que compunham o cenário escolar daqueles adolescentes.
     Após essa visista inicial e de certa forma decepcionante, conseguimos finalmente, já na terceira visita, assistir a uma aula. A aula era de artes em uma turma do sexto ano e, novamente, a equipe trocava olhares assustados. A sala era uma verdadeira bagunça! Os alunos não se importavam com a presença da professora que, com semblante cansado (para não dizer esgotado), tentava ministrar sua aula. Enquantos uns alunos arrastavam propositalmente as carteiras, outros brigavam, torcando ofensas verbais. Dava para contar na palma de apenas uma mão quantos alunos estavam copiando o apontamento. E ainda assim sobrariam dedos.
     Após esse contato inicial com os alunos, conversamos com a turma para saber qual tema lhes despertava mais interesse: meio ambiente ou cultura. O meio ambiente foi unanime e saimos de lá pensando em como despertar o interesse de uma turma tão complicada (segundo professores e funcionários, a pior turma da escola, com a maioria de repetentes). Começamos então a pensar ideias em relação à receptividade da turma, visto que, essa seria uma atividade que não valeria nota. Ficou combinado apenas entre a equipe que passaríamos um video e levaríamos algo para eles. Bombons, pipoca e afins, visando apenas tornar esse momento agradável e divertido para eles.
     No entanto, no dia da oficina surgiram alguns problemas estruturais. O datashow da escola não funcionava, assim como a tv pendrive. Tentamos tudo o que foi possível, mas não foi possível passar o video. Alguns alunos sairam da sala e outros ficaram. Então começamos a discutir o tema com esses "guerreiros" e ficou claro que um diálogo simples é muito eficiente. A nossa oficina que estava baseada em um video sobre a transposição do rio São Francisco e a seca no Nordeste, se transformou em um bate papo informal e muito satisfatório.
     Para quem quiser saber e conhecer um pouco mais sobre esse problema que atinge o Nordeste, o nome do documentário é "Caminho das Águas". Vou postar também o link do video no you tube para quem tiver interesse!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

A educação na era da informação: há de fato informação?

                                 


Segue abaixo o link de um artigo interessante, que aborda a educação nos tempos da globalização e na era da informação. Aqueles que já ministram aula irão se identificar. Qual professor nunca recebeu de um aluno um trabalho "Ctrl c" e "Ctrl v"? Isso quando eles ainda se dão ao trabalho da formatação, já que nos dias atuais basta apenas o "Ctrl p"!

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-88392000000200002

domingo, 29 de maio de 2011

Unesco lança coletânea de textos sobre educação

Acesse o link abaixo:

http://www.anj.org.br/jornaleeducacao/noticias/unesco-lanca-coletanea-de-textos-sobre-educacao/

Cientista indica danos caso novo Código Florestal seja aprovado



TEXTO DA AGÊNCIA BRASIL

O alerta é do cientista José Galizia Tundisi, especialista em recursos hídricos do Instituto Internacional de Ecologia e membro titular da Academia Brasileira de Ciências. Ele acredita que a matéria ainda não está "madura" e seriam necessários mais debates para aperfeiçoar o projeto.
"Nós ainda temos muitos assuntos para esclarecer. Um deles é a necessidade de se discutir mais a importância das florestas para a quantidade e a qualidade da água. O fato de que a agricultura possa sofrer uma expansão à custa do desmatamento vai prejudicar o suprimento de água no país e contribuir para prejudicar a própria agricultura. Isso é um contrassenso."
O principal ponto de divergência entre a opinião do cientista e a proposta do relator Aldo Rebelo (PCdoB-SP) é a falta de garantia na preservação da chamada reserva legal, porção de mata nativa que os agricultores têm obrigação de manter.
O novo texto torna possível para o produtor rural abrir mão da área verde em sua propriedade, podendo manter parcela proporcional em outra região ou até em outro estado, desde que no mesmo bioma.
"Essa reserva legal é necessária na propriedade. Nós temos que proteger os mosaicos de vegetação, as florestas remanescentes, para garantir a qualidade da água e a recarga dos aquíferos, que beneficiam a agricultura e a quantidade de alimentos. Quem trabalha com água e recursos florestais sabe perfeitamente que a diminuição de qualquer quantidade de vegetação pode prejudicar o ciclo da água e consequentemente a produção agrícola. Cerca de 30% da água que estão presentes na atmosfera são repostas pelas florestas."
Para o cientista, é preciso melhorar a produtividade, em vez de simplesmente aumentar as áreas de plantio. "Não se pode aumentar as áreas agrícolas à custa do desmatamento. Porque isso vai prejudicar a biodiversidade e inviabilizar a produção de alimentos. Vai faltar água para a agricultura."

O vídeo abaixo explica de forma simples o que de fato é o novo código florestal, que já foi aprovado na câmara dos deputados. Em entrevista, a presidente Dilma afirmou que não irá aprovar o novo código.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Como despertar o interesse dos alunos pela Geografia?



Segue abaixo um trecho do texto  "O papel e o valor do ensino da geografia" de Pierre Monbeig. Essa parte que selecionei para compartilhar com vocês aborda a dificuldade encontrada em lecionar esta disciplina que, durante muito tempo (se é que ainda não), foi abordada de forma meramente decorativa. No entanto, vale destacar a diversidade de assuntos abordados pela mesma, que não se restringe apenas a decorar os Domínios Morfoclimáticos do Brasil ou saber o nome dos rios, montanhas, entre outros acidentes geográficos!

"Concordamos todos que, se a maior parte do público culto tem uma idéia mais ou menos exata do que são a biologia, a geologia, a economia ou a sociologia, o mesmo público não acompanha o progresso das ciências geográficas, quando não ignora sua existência. Para uns a geografia é confundida com narrativas de viajantes; um geógrafo é um explorador, a rigor um cartógrafo;  traz de suas viagens narrativas agradáveis de ouvir-se, sobretudo se tem a habilidade de ilustrá-las com belas imagens. Para outros, talvez mais numerosos, a geografia é uma lembrança extremamente penosa de sua infância. Seu nome evoca listas indigestas de nomes de lugares ou dados numéricos, lições atrozes que somente os menos inteligentes e os mais obstinados de nossos condiscípulos chegavam a recitar razoavelmente. Os espíritos brilhantes, ao contrário, mostravam-se rebeldes. E ficamos satisfeitos quando nossos filhos recebem uma nota má porque não souberam de cor a lista das estações da Central do Brasil entre Rio e São Paulo, ou as altitudes exatas dos vulcões andinos; a fraqueza em geografia é uma espécie de teste de inteligência!
Portanto, na melhor das hipóteses, a geografia é tida como a irmã intelectual do turismo. Na pior elas hipóteses, a geografia é uma tortura gratuita imposta às crianças e pergunta-se como seres sensatos puderam tornar-se geógrafos!  Se são corretos esses dois modos de ver, é claro que a geografia é inútil, quando não perigosa; é um absurdo ensiná-la, mais ainda praticá-la, e torna-se urgente fechar também os departamentos de geografia das faculdades de filosofia e instituições como o Conselho Nacional de Geografia! A menos que consigamos mostrar que a geografia contribui para o enriquecimento das mentes jovens e a sua formação. A menos também que possamos provar a sua utilidade num mundo onde toda e qualquer ciência é também uma técnica, onde toda pesquisa leva a dar um instrumento útil à coletividade. É mister, portanto, estabelecer o valor a geografia no ensino e determinar sua utilidade como moderno instrumento de trabalho".

Acesso em 12 de abril de 2011.

domingo, 3 de abril de 2011

O contato inicial!

                       



A primeira aula da disciplina EDCA 12, alguns pontos do que seria abordado e trabalhado na mesma foram discutidos por docente e discentes. Foi sugerido pela professora a criação de um blog para avaliação individual do curso em destaque, onde pudessemos dividir com outras pessoas a nossa experiência durante o semestre 2011.1 dentro da disciplina em relevo.

Estamos caminhando para a quarta aula de Didática II, o e que mais chamou minha atenção foi a variedade de alunos em uma sala de aula! São colegas de diversos cursos, como Física, Dança, Geografia (claro!), Biologia, Química, entre outros. Essa variedade acadêmica dentro de uma sala implica em várias abordagens e, o mais importante, várias visões e opiniões sobre o tema mais abordado entre nós estudantes de licenciatura: a educação no Brasil! Não que a única saída seja a sala de aula como muitos pensam quando afirmo que sou estudade no curso de Geografia. Há diversos campos onde eu e meus colegas de profissão podemos atuar. No entanto, por morar em um país tão grande e diverso, o futuro como professor (a) não é algo surreal, afinal, vaga para professores é o que não falta nesse país!

Então vamos fazer o que há de melhor para tornar a nossa vida dentro da sala de aula (e também dos nossos alunos) menos cansativa e repetitiva. E é na disciplina a qual me levou a construir esse blog que espero aprender e trocar experiências com outras pessoas que, assim como eu, já estão lecionando!